Sábado, Maio 18, 2024

O Futuro no Setor das Infraestruturas | The Future in The Infrastructure Sector

Gonçalo Moura Martins
Gonçalo Moura MartinsPresidente da Comissão Executiva da Mota-Engil

A evolução tecnológica que temos conhecido nos últimos anos a nível global, e a uma velocidade sem precedentes, tem promovido a mudança de paradigma na atividade económica em diversas áreas, nomeadamente no setor das Infraestruturas, com exigências crescentes na maior complexidade técnica e dimensão dos projetos para que respondam aos desafios de uma sociedade cada vez mais preocupada (e bem) com o futuro, numa visão verdadeiramente sustentável do Planeta.

Tem sido assim que temos procurado na Mota-Engil, e ao longo de mais de 70 anos, acompanhar a evolução do mercado, mantendo os valores fundacionais do Grupo e uma cultura de inabalável compromisso com os nossos clientes.

É com esta premissa de evolução contínua e permanente que procuro corresponder ao desafio que a PRÉMIO me coloca de analisar o futuro do setor, e começando por Portugal, onde verificamos que na maioria dos setores de maior potencial para o País, estão definidos importantes investimentos públicos a ser lançados e que se perspetiva que poderão dinamizar de forma significativa o setor.

O desafio está lançado, as necessidades existem e estão identificadas, e os compromissos financeiros com a União Europeia estão assegurados, pelo que temos de, definitivamente, contrariar o adiamento de um melhor futuro para Portugal.

Depois de décadas de estudos e consecutivos atrasos, a possibilidade de finalmente podermos avançar com um novo aeroporto internacional em Lisboa será muito importante para elevar o potencial do País, tal como a modernização do sistema de transporte ferroviário e o reforço da capacidade de Sines como um pilar geoestratégico do transporte marítimo para a Europa, poderá permitir que 2020 seja um marco no avanço destes e outros importantes projetos.

No entanto, e para que tal aconteça de forma transversal para a economia portuguesa, é necessário que as empresas portuguesas possam contribuir num ciclo que se perspetiva de crescentes oportunidades na Indústria. A capacitação das empresas no seu mercado doméstico é um fator precedente fundamental para a internacionalização, sendo assim relevante que não se perca esta oportunidade para a afirmação da Engenharia Portuguesa a nível internacional.

Passando à apreciação da atividade internacional que se antecipa para a Mota-Engil, as perspetivas de atuação manter-se-ão associadas às regiões de África e América Latina onde continuam a existir oportunidades para um grupo que é reconhecido como um ‘player’ regional com competência técnica e capacidade de execução.

No entanto, gostaria de fazer uma referência sobre Angola e Moçambique, dois mercados fundamentais na estratégia do Grupo.

Angola será sempre reconhecida e acarinhada como o País que nos deu a primeira oportunidade e onde começámos a nossa atividade em 1946, pelo que poderá contar sempre com a Mota-Engil, nos bons e maus momentos, para colaborar no seu desenvolvimento económico, tendo hoje a empresa importantes projetos no País e a que daremos continuidade em 2020, tal como reforçaremos a colaboração sempre que possível.

Quanto a Moçambique, verificamos que tem hoje um projeto de desenvolvimento transformacional para como será a exploração do Gás Liquefeito no Norte do País e que terá na Mota-Engil um parceiro competente e comprometido para apoiar no que seja entendido pelos promotores privados como necessário para concretizar com qualidade e em devido tempo este projeto, a par de outros que temos em curso neste País.

Uma palavra adicional sobre a América Latina, região onde o Grupo mais se desenvolveu na última década, estando progressivamente a alargar a sua atividade para novos setores como a Energia, o Ambiente e as Concessões, assumindo-nos como um operador regional que em 2020 continuará a investir na afirmação da Marca Mota-Engil, sobretudo no México, Brasil, Peru e Colômbia.

Para que tal aconteça continuará a ser determinante a confiança dos nossos clientes e o apoio dos nossos parceiros.

Por último, deixo os votos de um Excelente Ano Novo a todos os leitores da Revista PRÉMIO.

The technological evolution witnessed in recent years globally and at an unprecedented speed has promoted a paradigm shift in economic activity in several areas, particularly in the Infrastructure sector, with increasing demands given the greater technical complexity and size of projects in order to respond to the challenges of a society ever more concerned (and well) with the future and sharing a truly sustainable vision of the planet.

At Mota Engil we have been trying, over 70 years, to keep up with market developments, preserving the Group’s core values since its establishment and a culture of unwavering commitment to our customers.

With these tenets of continuous and permanent evolution in mind I will try to meet the challenge PRÉMIO launched me to analyse the future of the sector. Starting with Portugal, in most sectors of greatest potential for the country, important public investments are about to be launched and which are expected to significantly boost the sector.

The challenge is launched, the needs are there and duly identified and financial commitments with the European Union are rightly assured and so therefore we must definitely counter the postponement of a better future for Portugal.

After decades of studies and consecutive delays, the possibility that we will finally move forward as regards the building a new international airport in Lisbon will be very important to raise the country’s potential, along with the modernisation of the rail transport system and the strengthening of Sines capacity as a geostrategic pillar of maritime transport to Europe, all this put together may turn 2020 into a milestone in advancing these and other major projects.

However, and for this to happen across the Portuguese economy Portuguese companies have be given the opportunity to contribute to this cycle of increasing opportunities in the Industry. The qualification of companies in their domestic market is a fundamental factor for internationalisation hence the importance of not missing this opportunity to affirm Portuguese Engineering at international level.

Turning to the appreciation of Mota-Engil’s anticipated international activity the company prospects will remain closely linked to the regions of Africa and Latin America where opportunities continue for this group acknowledged as a major regional player with technical expertise and the capacity to deliver.

I would like to highlight however countries like Angola and Mozambique, two key markets in the Group’s strategy.

Angola will always be recognised and cherished as the country that gave us the first opportunity and where we started our activity in 1946, hence the country may always rely on Mota-Engil, in good and bad times, to assist its economic development. The company has important projects in the country which we will continue in 2020 and we will work together whenever possible.

As for Mozambique the country currently has a transformational development project to explore Liquefied Gas in the North of the country and which will rely on Mota-Engil as a competent and committed partner to support what private promoters deem necessary to complete with quality and in due time this project, along with others we have underway in this Country.

An additional word about Latin America, the region where the Group has grown the most in the last decade, where we are progressively expanding our activity to new sectors such as Energy, Environment and Concessions, taking on the role of regional operator which in 2020 will continue to invest in the affirmation of the Mota-Engil brand, especially in Mexico, Brazil, Peru and Colombia.

For this to happen, trust of our customers and the support of our partners will remain crucial.

I would like to finish by wishing all readers of PRÉMIO Magazine an Excellent New Year.

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