A celebrar cinco séculos de história já no próximo ano, os CTT olham para os desafios do futuro como uma enorme oportunidade: de diversificação de negócio, de reinvenção de atividade, de inovação de sistemas e processos, de implementação de novas tecnologias.
A digitalização é um fenómeno global e transversal a todos os setores de atividade, sendo o setor postal um dos mais expostos a esta gigante mudança. Os CTT, cientes de que o mundo está a mudar e que o novo normal é digital, começaram desde há vários anos a implementar uma estratégia de diversificação do negócio, apostando em duas alavancas de crescimento: o Expresso & Encomendas e Banco CTT.
No Expresso & Encomendas, onde a empresa é líder de mercado, têm sido lançados vários serviços inovadores e produtos disruptivos, a pensar nos novos hábitos de consumo e exigências do cliente digital. Já no Banco CTT tem-se verificado a consolidação nos últimos três anos, com ofertas competitivas no crédito à habitação e automóvel e ferramentas digitais criadas para o benefício dos clientes, cerca de 40% dos quais são millennials.
Estas apostas são feitas sem esquecer a rede base, onde assenta o negócio tradicional dos CTT e onde vamos investir 40 milhões de euros nos próximos dois anos na modernização da operação postal e logística. Este é um investimento na rede base, onde asseguramos o Serviço Postal Universal num quadro de quebra forte e continuada dos volumes de correspondência. É um investimento numa nova vaga de mecanização e reorganização da rede, a aposta em ferramentas avançadas e em novas tecnologias do ponto de vista dos equipamentos e do ‘software’, preparando os CTT para a nova realidade do tráfego de correio, com o forte peso das encomendas, mas sem esquecer o nosso papel de proximidade às populações e a importância da capilaridade da nossa rede.
Em 2018 concluímos a reorganização da nossa rede de retalho, com algumas substituições de Lojas CTT por Postos de Correio e temos atualmente uma rede com mais Pontos CTT do que tínhamos no final de 2017 e no final de 2014, ano de privatização. 2019 é ano de investimento e de inovação, de dotar os CTT das ferramentas que nos vão permitir reforçar a nossa atividade e crescer. No Centro de produção e Logística Sul, em Cabo Ruivo, temos um braço robótico para alimentação de uma máquina de separação automática de pequenas encomendas, com capacidade para processar 140 mil objetos por dia. E este braço robótico, o primeiro do género a surgir na Europa, é alimentado por três pequenos ‘robots’, veículos autónomos desenvolvidos em parceria com a ‘startup’ Robosavvy – um investimento crucial para responder às exigências do comércio eletrónico, que está a crescer dois dígitos por ano e que obriga a alterações profundas às infraestruturas e processos.
Além da inovação já implementada os CTT têm estado ativamente a procurar novas soluções, como o CTTads.pt, o Express2Me, os Cacifos CTT 24H, o lançamento de um ‘marketplace’ nacional, o Dott, em parceria com a Sonae, a aposta na sustentabilidade, com uma das maiores frotas elétricas do país no setor logístico e o desenvolvimento do VEDUR, um triciclo motorizado 100% elétrico, em parceria com a ‘startup’ UOU Mobility.
Além da identificação de um conjunto de tendências e da aposta na inovação os CTT não são alheios ao desenvolvimento do ecossistema empreendedor português, cada vez mais relevante. Por isso, foi lançada em outubro uma nova marca para o programa da empresa de interação com ‘startups’, procurando projetos que se enquadrem no negócio do setor postal, potenciando áreas de colaboração conjunta e disponibilizando possíveis benefícios para as ‘startups’.
O CTT 1520 StartupProgram já mapeou mais de 1000 ‘startups’, com cerca de 100 empresas identificadas como tendo potencial para trabalhar com a empresa. Vinte destas empresas estão em avaliação detalhada, cinco em piloto técnico e uma em piloto comercial. Além disso, sete destas empresas estão em parceria comercial com os CTT, nomeadamente a Pudo.pt para os Cacifos Automáticos, a Shopkit para a integração com a oferta ‘e-commerce’, a Robosavvy para os Veículos Autónomos de suporte às operações ou a UOU Mobility para o VEDUR.
Com o investimento na infraestrutura base, a aposta em tecnologia de ponta e na melhoria das condições de trabalho dos carteiros, o constante espírito de inovação e uma forte preocupação com a sustentabilidade acreditamos que os CTT estão cada vez mais preparados para ter sucesso em todas as oportunidades que o futuro digital trouxer.