João Fernandes, Presidente da Região de Turismo do Algarve
No Algarve, estamos a postos! Recuperámos a prova rainha do automobilismo para Portugal, a Fórmula 1, e vamos acolher também a derradeira prova do Mundial de Moto GP. O sentimento é de orgulho pela realização destes eventos na região e é com expectativa que entramos em contagem decrescente para a realização de ambos os circuitos, agora com novos métodos e processos!
Sabemos bem o que significa, a nível regional e nacional, organizarmos eventos desportivos de escala global… que têm uma capacidade única de dar a conhecer o Algarve a milhões de pessoas em todo o mundo. Os movimentos dos participantes, das suas equipas e dos espectadores traduzem-se em impactos económicos imediatos, como também é expectável que gerem um efeito positivo num futuro próximo, pois durante o período da competição beneficiamos por todas as câmaras apontarem no mesmo sentido: o destino anfitrião.
Devemos utilizar o tempo em que “estamos em jogo” – ou neste caso… em pista! -, como uma oportunidade única para continuarmos no pódio, nos próximos anos.
O Algarve é, há 40 anos seguidos, o principal destino turístico para portugueses e estrangeiros, e repetidamente reconhecido como melhor destino europeu de praia (distinguido por 6 vezes) e melhor destino do mundo (classificação que obtém desde há 3 anos!). Também foi, desde 2006, várias vezes reconhecido por diversas entidades, como melhor destino de golfe.
Do ponto de vista turístico, os eventos desportivos devem ser percepcionados como âncoras estratégicas que nos permitem gerar mais notoriedade ao destino, ajudando à sua promoção, internacional, antes, durante e após as provas.
Sendo uma região que tem apostado na diversificação da oferta turística, o Algarve dispõe hoje de um vasto leque de actividades que tornam a experiência da visita mais autêntica e de qualidade inigualável, em produtos e serviços, mas também em infraestruturas favoráveis à organização das mais variadas iniciativas. É nossa ambição fazer com que a captação de eventos desportivos se transforme numa aposta regular e consolidada, o que nos permitirá ser ainda mais competitivos e ajudar a ter épocas turísticas mais equilibradas ao longo do ano.
Se consideramos o efeito multiplicador da realização das etapas da Fórmula 1 e do Moto GP no Algarve, que decorrem já em época baixa e num ano claramente atípico, a estimativa económica situa–se em cerca de 80 milhões de euros, somando as receitas diretas e indiretas. São dados do Autódromo Internacional do Algarve (AIA), que vai albergar ambas as provas, mas que deixam bem claro o contributo significativo que eventos desta natureza podem trazer à região e aos seus residentes.
O Algarve tem sabido reinventar-se ao longo dos anos e vai continuar a fazê-lo!