Uma Volta ao Planeta Ronaldo

“Quero conquistar sete bolas de ouro e ter sete filhos”.

Esta meta ambiciosa do jogador de futebol Cristiano Ronaldo, de 32 anos, parece megalómana, mas não o é. O nome e a imagem de Cristiano Ronaldo, que cada vez mais se confunde com a sigla planetária CR7, são duas faces de uma máquina de Marketing bem oleada que factura, sem parar, centenas de milhões de euros todos os anos em negócios muito variados.

A marca CR7 arrasta uma legião de centenas de milhões de seguidores fiéis e atentos nas redes sociais. O nome Ronaldo desperta curiosidade, paixões e ódios em todo o mundo. Antes de tudo o mais, a sigla CR7 agita a adrenalina nas bancadas quando finta os adversários e marca golos. E que golos! 622 tentos já marcados ao longo da sua carreira, quase todos com mestria, força e velocidade estratosférica.

Fora das quatro linhas, só a vida privada de Cristiano, e por inerência a dos seus familiares, daria um suculento ‘reality show’, repleto de peripécias e polémicas. Estão lá todos os ingredientes para o sucesso: desde as acusações de fuga aos impostos pelo fisco espanhol, a existência de supostas ‘offshores’, gastos milionários com carros, férias e compras de luxo, mas também ajudas em segredo a pessoas que sofrem, as peripécias da vida da mãe e dos irmãos, uma pitada de supostos escândalos sexuais e depois os aparecimentos de filhos, nascidos com recurso a barrigas de aluguer de mães incógnitas. No turbilhão das notícias sensacionalistas, até o nascimento normal de uma filha de progenitora conhecida a 12 de Novembro último alimentou páginas e páginas de jornais, ilustrou quilómetros de revistas e abriu blocos noticiosos de televisões em todo o mundo.

RONALDO NÃO QUER SER APENAS “AQUELA MÁQUINA”

Ronaldo é só, e apenas, um homem sonhador que cresceu pobre na ilha da Madeira com o dom de jogar bem futebol, aptidão que aperfeiçoou com muito trabalho. Privou-se de brincar no final da infância e absteve-se de muitos outros prazeres na adolescência para chegar ao topo.  A estrela planetária – que sabe e luta ano após ano para se manter com o estatuto de melhor jogador do mundo – tem fama de ser o primeiro a chegar aos treinos e de ser o último a sair. E por isso lamenta, muitas vezes, que olhem para si apenas como uma máquina: dentro e fora de campo.

Na vida privada, depois de algumas relações que findaram, acabou por encontrar na argentina Georgina Rodriguez, de 23 anos, o estereótipo de mulher que procurava. Em menos de um ano, a vida do melhor jogador do mundo mudou radicalmente. Tanto que acabou por ser com ela que escolheu ter uma filha, recém-nascida, a quem chamou Alana Martina. Depois de ter conquistado o mundo com as suas capacidades desportivas, Ronaldo encontrou a humanidade e tornou-se um maduro e adulto pai de família. À medida que cresce, a sua nova família está, cada vez mais, a transformar-se no refúgio para os maus e bons momentos do craque.  Durante sete anos, CR7 contou com a presença exclusiva de Cristiano Júnior para todos os momentos, mas, subitamente, em menos de um ano, quatro novos elementos juntaram-se à família. Georgina é desde Setembro de 2016 a namorada que o jogador trata carinhosamente por “Gio” ou “Bebecita” (“Bebezinha” em português). Em Junho, aportaram ao clã, vindos directamente de uma barriga de aluguer nos Estados Unidos da América, os gémeos Mateo e Eva, aos quais agora se juntou Alana Martina, a bebé de “Gio”, que já era famosa antes mesmo de ter nascido em Novembro último.

Para fechar o ciclo, e manter vivo o desejo do jogador, só faltam três filhos para atingir a meta pessoal dos sete descendentes. Focado como é, esse objectivo será tangível para o madeirense de 32 anos.