Quinta-feira, Abril 25, 2024

Editorial: A Caminho da Maioridade | Coming of Age

António Cunha Vaz
António Cunha VazCEO

Cumpre-se, em 2020, o décimo sétimo ano de existência da CV&A. São 17 anos em que se cruzaram connosco muitos Clientes, Colaboradores e Parceiros de negócio. Quando olhamos para trás sentimos orgulho. Em tudo o que fizemos. Orgulho nos sucessos e orgulho ainda maior na forma como ultrapassámos dificuldades imensas – que o facilitismo da lei, feita por gente que nunca trabalhou no mercado e que esquece que Portugal tem mais de 90% de pequenas e médias empresas, permite a quem recorre aos PER e deixa credores em situação menos fácil. Mas, com trabalho e credibilidade, não deixámos nunca de construir e criar valor para os nossos Clientes e Parceiros. Juntos, sabemos o que é reconstruir, ter de lutar, não descansar, mas ter a satisfação de atingir os objectivos e o sucesso.

E foram muitos os sucessos dos nossos Clientes, não destacando qualquer um para que me não esqueça de outros. Sempre com uma só marca, a CV&A, sem necessidade de ter outras, criámos e ajudámos a crescer muitas empresas em Portugal – em dezasseis anos de actividade o peso do sector público é de menos de 2% na facturação da CV&A- , as mesmas que nos ajudaram nesta caminhada para a liderança.

 Mas estes dezasseis anos e pouco foram, sobretudo, anos de dedicação de um grupo de colegas que fizeram da CV&A o que ela é hoje – a contas de 2018, que estão depositadas, a maior empresa do mercado: uma empresa respeitada, em Portugal e nos mercados internacionais onde trabalhamos e somos reconhecidos.

Estes dezasseis anos foram uma demonstração permanente da satisfação de Clientes – alguns com mais de quinze (15) anos de casa e de muitos com mais de dez (10) anos connosco. Outros escolheram novos parceiros, novos caminhos. É uma opção. Alguns foram trabalhar com aqueles que tendo sido quadros da CV&A saíram e criaram as suas próprias empresas. Estão bem entregues. Por aqui já passaram membros de governo, presidentes de empresas públicas, administradores de outras, directores gerais de empresas privadas com uma dimensão gigantesca quando com a nossa comparada. Claro que o mérito de todos eles não é nosso. Mas alegramo-nos com o seu sucesso e com o que poderemos ter contribuído para o mesmo.

Os escritórios de Lisboa e do Porto afirmaram-se. O Brasil, cujos primeiros três anos foram difíceis, sob a batuta do David Seromenho e, mais tarde, do Luiz Fernando Moraes, afirmou-se. As operações em Angola, paradas um tempo por questões de relacionamento e incumprimento de pagamentos, foram retomadas num clima de seriedade – postura que se louva aos actuais dirigentes e clientes que connosco lidam. O escritório de Moçambique, liderado por aquele que agora é sócio e director-geral da empresa em Portugal, o José Pedro Luís, afirmou-se e tornou-se dos mais rentáveis. A Sociedade com o Grupo Albion, em Espanha, de onde nasceu a operação na Colômbia, Bogotá, solidificou-se e caminha passos largos para um novo e enorme desafio. As operações pontuais em Cabo Verde e na Guiné-Bissau têm-se revelado opções acertadas.

Mas 2020 vem aí e é importante preparar o ano da maioridade. O mercado português é pequeno e, portanto, o que cá se factura é curto para constituir um balanço que permita uma internacionalização para mercados do resto da Europa e, porque não, da América do Norte. Em breve anunciaremos a forma que a CV&A encontrou para assegurar que, muito para além da existência profissional deste seu fundador e actual presidente, uma empresa portuguesa faça parte do mundo das consultoras em comunicação com dimensão internacional. É claro que isso implicará algum sacrifício profissional dos seus quadros de topo, que terão, também, funções em outros mercados. Também essa uma razão para investirmos em quadros com pós-graduações, mestrados, doutoramentos e pós-doutoramentos comparticipados pela empresa.

O ano de 2020 será de mudança. Atingiremos a maturidade antes dos dezoito (18) anos de idade. Viveremos períodos difíceis, conturbados, com extremismos a renascerem, à esquerda e à direita, populismos e demagogias a campearem, explorando a fragilidade de uma larga maioria de seres humanos. Neste campo, continuaremos a contribuir para a sociedade em que vivemos, quer em Portugal, quer em Moçambique. Viveremos também grandes desafios, como a tecnologia e a velocidade vertiginosa a que se desenvolve, a continuada globalização, os ‘big brothers’ que já nos dominam, os problemas da justiça, da saúde, da produção alimentar, entre tantos outros. 

Empresarialmente, queremos continuar líderes. Fazer mais e cada vez melhor! 

Termino, uma vez mais, com um agradecimento sincero aos Clientes, aos Parceiros e aos Colaboradores (mesmo à grande maioria dos que já saiu dos nossos quadros) pelo caminho que nos ajudaram a seguir e pelo que construímos juntos.

Um enorme 2020.

In 2020, CV&A will be celebrating seventeen years and throughout these years we engaged with a number of Customers, Employees and Business Partners. We feel nothing but pride when we looking back. Pride in everything we did. Pride in the success achieved and even greater pride for having been able to overcome huge difficulties that the ways of the law – enacted by people who have never worked in the market and who forget that Portugal has more than 90% small and medium-sized businesses – have forced many to undergo restructuring plans, leaving creditors in a less easy situation. But both with work and credibility, we never stopped building and creating value for both our Customers and Partners. Together we know what it’s like to rebuild, to struggle, to be restless and ultimately to have the satisfaction of achieving both the relevant goals and success.

And our Customers have achieved a great deal of success. We won’t mention any Customer in particular to avoid the risk of forgetting others. Always under a single brand, CV&A, without the need to have other brands, created and helped grow many companies in Portugal – in sixteen years of activity the weight of the public sector is less than 2% in CV&A revenues -the very same companies that helped us on this journey to leadership.

 But these sixteen years and a few were, above all, years of dedication from a group of colleagues who made CV&A what it is today – the 2018 accounts, which are deposited, show that this is the largest company in the market: a respected and recognised company in Portugal and in the international markets where we operate.

These sixteen years have been a permanent demonstration of Customer satisfaction – some of these customers have been with us for more than fifteen (15) years and many for more than ten (10) years. Others have chosen new partners, new paths. It’s a legitimate option. Some chose to work with former CV&A employees who left us and established their own companies. They’re in good hands. We have worked with members of the government, directors of public companies, managers of assorted companies and general managers of major private companies. The merit is theirs, not ours. But we are happy for them and for having helped them reach success.

The offices of Lisbon and Porto became duly established outlets. Brazil, whose first three years were difficult, led by David Seromenho and later by Luiz Fernando Moraes, is now duly established too. Operations in Angola, which were interrupted for some time for relationship and default issues were resumed in a serious atmosphere – thanks to current leaders and customers dealing with us. The Mozambican office led by José Pedro Luís, now both partner and managing director of the company in Portugal, established itself and became one of the most profitable. The Partnership with the Albion Group in Spain and the resulting Bogotá, Colombia operation solidified and is making strides towards a huge new challenge. One-off operations in Cape Verde and Guinea-Bissau have proved to be the right options.

But 2020 is here and we have to prepare the year when we will come of age. The Portuguese market is small and, therefore, we lack the revenues helping us internationalise and establish in markets in the rest of Europe and, why not, North America. We will be announcing soon the manner how this Portuguese company managed to, going beyond the professional existence of its founder and current CEO, enter the world of communication consultants with international dimension. And this will entail obviously some professional sacrifice of its top management whose members will have to take up positions in other markets too. That is why we will be investing in staff with postgraduate, masters, doctoral and postdoctoral degrees sponsored by the company.

The year 2020 will be one of change. We will come of age before completing eighteen (18) years of age. We will live through difficult, troubled times marked by a rebirth of let and right wing extremism, populism and demagogy, exploring the fragility of a large majority of human beings. In this respect, we will continue to contribute to the society we live in, both in Portugal and in Mozambique. We will also face major challenges, such as technology and the breakneck speed at which it is growing, the continued globalization, the big brothers that are already watching us, the problems of justice, health and food production, among many others. 

As regards business we want to retain the leading position. To do more and ever better! 

I would like to finish by expressing my sincere gratitude to our Customers, Partners and Employees (and even to the vast majority of those who have left our staff) for the path they have helped follow and for the things we have built together.

I wish you a huge 2020.

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