Sexta-feira, Abril 19, 2024

500 Anos do Correio em Portugal – História, Presente e Futuro

Raúl Moreira, Diretor de Filatelia dos CTT

No dia 6 de novembro de 1520 o Rei D. Manuel I assinou, em Évora, a carta real que nomeava Luis Homem como o primeiro Correio-Mor de Portugal. Embora existam documentos anteriores onde o embaixador privado do rei já era tratado por “correio-mor”, datamos formalmente o início da aventura dos correios públicos no nosso país desse dia 6 de novembro e desse ano de 1520.

500 anos de atividade postal não são 500 anos dos CTT.

A sigla CTT foi pela primeira vez criada em 1936 através da Portaria n.º 8:517 de 28 de agosto de 1936, promulgada pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Joaquim José Andrade e Silva Abranches.

Todavia, mudando-se embora o regime político, a denominação, a propriedade pública ou privada, o escopo e a abrangência dos serviços postais ou de telecomunicações, ninguém poderá negar que a espinha dorsal desta atividade sempre foram os seus trabalhadores e dirigentes operacionais.

Foram estes que ao longo dos séculos e através das modificações estruturais garantiram a permanência do conhecimento específico das operações postais, a proximidade aos portugueses e a concretização da missão nobre que lhes competia.

Primeiros Correios-mores do Reino

O Correio-Mor do Reino era um ofício postal criado pelo Rei D. Manuel I de Portugal a 6 de Novembro de 1520, através duma Carta Régia, a qual entregou a gestão desse serviço pela primeira vez a Luís Homem

Atendimento e Recolha

O valor da proximidade com os cidadãos sempre foi uma premissa dos CTT, enquanto empresa distribuidora de comunicações físicas e considerando a sua vasta representatividade em Estações de Correio (hoje Lojas CTT) por todo país.

A Rede de Atendimento CTT, composta por lojas CTT e por postos de correio, garante a existência de pelo menos 1 estabelecimento postal em todos os concelhos do território nacional, de forma a que 95% da população nacional esteja situada a uma distância máxima de 6 km de um destes estabelecimentos. Trata-se de uma Rede de Atendimento que revela um bom nível de penetração dos serviços postais, com uma densidade de cobertura postal idêntica à média comunitária.

Selo 1
Selo 2
Selo 3
Selo 4

Selo com os logos históricos da empresa

Desta forma não parece descabido, muito pelo contrário, que a atual empresa CTT Correios de Portugal S.A. se considere herdeira legítima do labor de Luis Homem, na extensa linha de correios-mores reais e de superintendentes de correio das Repúblicas ao longo destes 5 séculos.

Assim aconteceu na Europa onde o legado do barão Thurn und Taxis na Baviera foi padrão da criação dos correios públicos. Efetivamente, são os Operadores Postais históricos que comemoraram ou se preparam para comemorar esta importante efeméride dos 500 anos do correio nos seus diferentes países.

Se tivéssemos de escolher apenas cinco marcos essenciais para contar esta história portuguesa com 5 séculos, provavelmente seriam:

– O momento da génese, 1520 com a carta real de D. Manuel I

– A primeira privatização dos correios em 1606, por opção de D. Filipe II, entregando a exploração do serviço à família Gomes da Mata.

– A reintegração no Estado dos serviços postais, por Dona Maria I, em 1798

– A criação do Código Postal, momento de viragem para modernidade, em 1978

– A segunda privatização dos correios, em 2013, abrindo ao capital público a propriedade da empresa CTT Correios de Portugal.

O Banco CTT nasce da evolução natural dos serviços financeiros já prestados pelos CTT e traz consigo uma história e experiência com mais de 500 anos. Lançou-se no mercado no dia 18 de março de 2016, com uma proposta que assenta em valores de confiança, solidez, proximidade, simplicidade e inovação.

É a nossa aposta continuada na prestação e serviços financeiros de valor acrescentado. E, juntamente com o mercado do correio urgente e das encomendas, em contínua progressão em Portugal e em todo o mundo, constitui parte importante do triângulo de desenvolvimento estratégico da empresa.

Um desenvolvimento sempre sustentável, respeitador do meio ambiente, focado no Cliente e assente nos princípios da não discriminação de género, raça ou religião.

Recolha de correspondência de marco do correio - Foto: Fundação Portuguesa das Comunicações

Recolha de correspondência de marco do correio

Serviço internacional na estação central de encomendas -

Serviço internacional na estação centro de encomendas

Sustentabilidade e Responsabilidade Social

Inovação, tecnologia e sustentabilidade ambiental fazem parte do código genético da marca CTT e são uma prioridade para esta empresa, herdeira de uma atividade com quase 500 anos.

No esteio dos desafios futuros sobre a sustentabilidade “lato sensum”, proclamada pela ONU como grande objetivo do século XXI, os CTT foram gradualmente estruturando a intervenção sustentável nas dimensões económica e de governação, ambiental e social.

Entre inúmeras realizações, citam-se alguns destaques:

– Estabelecimento duma grelha de objetivos de sustentabilidade, aplicável aos mais de 12 mil trabalhadores do grupo, desde a administração até aos atendedores e carteiros;

– Implementação de uma ampla agenda ambiental, apoiada nos temas da conformidade legal, gestão carbónica e alterações climáticas, eficiência energética, gestão de resíduos, sistemas de gestão certificados, compras responsáveis, formação e sensibilização;

– Certificação: mais de 700 unidades organizacionais dos CTT. É, de longe, o maior número de certificações de uma única empresa a nível nacional;

– Mobilidade sustentável: com mais de 250 veículos menos poluentes (duas, três e quatro rodas), operamos a maior frota de viaturas alternativas do país;

– Lançamento de “portfolio eco”: somos o único operador de correios a nível mundial com oferta de serviços ecológicos para empresas e particulares (Correio Verde e DM Eco);

– Publicação de relatórios de sustentabilidade com o mais elevado nível de verificação externa, apresentando cerca de 50 compromissos públicos sustentáveis;

– Constituição da bolsa de voluntários CTT e prática ativa de mecenato empresarial;

– Solidariedade social: Projecto de Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social dos CTT, que já promoveu a entrega gratuita de 15 mil encomendas a 45 instituições e mais de 500 toneladas de donativos enviados para as regiões mais carenciadas.

Este desempenho na área da sustentabilidade tem obtido reconhecimentos externos.

Em 2010 os CTT foram considerados líderes mundiais de proficiência carbónica do sector postal nas categorias “Gestão da cadeia de valor e divulgação e reporting” e obtiveram a 1.ª posição no Índice nacional de Responsabilidade Climática. Em 2012 ganhámos o “World Mail Awards” na categoria de “Corporate Social Responsability”, o mais prestigiado do sector.

Estação do Terreiro do Paço - Foto: Fundação Portuguesa das Comunicações

Estação do Terreiro do Paço

Produtos Inovadores para o Mercado Global

Serviços inovadores na Atividade Postal, como o geoindex, mailmanager, e ViaCTT são a prova do investimento contínuo dos CTT em novas soluções tecnológicas, rentabilização de recursos, melhor organização e redução de custos.

O geoindex possibilita – através da perceção geográfica e do conhecimento do território de atuação, fundamentados na organização e tratamento de diferentes fontes de informação, – a elaboração de estudos de ‘geomarketing’ que são fundamentais para tomadas de decisão estratégicas inerentes à gestão das empresas.

O mailmanager efectua a gestão do correio empresarial, digitalizando, classificando, indexando e enviando em formato digital o correio físico rececionado pelo Cliente. A recolha da informação em formato digital relativa a faturas, correio devolvido, reclamações, avisos de receção e outros possibilita ao Cliente a otimização dos processos a jusante da receção do correio.

E dado que nos nossos dias a comunicação instantânea decorre de um processo de evolução natural, os CTT disponibilizam um serviço de correio eletrónico, a ViaCTT, que permite às empresas expedidoras reduzir custos e usufruir de um canal de comunicação seguro que é, simultaneamente, um canal de cobrança. Os destinatários deste correio (empresas ou particulares) dispõem de uma caixa postal eletrónica para receber, organizar, efetuar pagamentos e arquivar em formato digital a sua correspondência, de uma forma segura, confidencial e gratuita.

Serviço telegráfico e telex, anos 40 - Foto: Fundação Portuguesa das Comunicações

Serviço telegráfico e telex, anos 40

A Rede de Atendimento CTT, composta por lojas CTT e por postos de correio, garante a existência de pelo menos 1 estabelecimento postal em todos os concelhos do território nacional, de forma a que 95% da população nacional esteja situada a uma distância máxima de 6 km de um destes estabelecimentos. Trata-se de uma Rede de Atendimento que revela um bom nível de penetração dos serviços postais, com uma densidade de cobertura postal idêntica à média comunitária.

Com cerca de 98 mil clientes/dia nas lojas CTT e uma média diária de um objeto postal endereçado distribuído por agregado familiar, a acessibilidade é uma das suas marcas distintivas. A empresa disponibiliza a maior rede de contacto a nível nacional, atuando como um elemento estruturante e determinante para a coesão social do território nacional.

Acompanhando as novas tendências do mercado e sendo a Rede CTT parte do “rosto humano” que se pretende atribuir à empresa, desenvolveu-se um novo conceito de Loja CTT.

Este novo paradigma de “Rede de Atendimento do Futuro” combina vários processos de maximização de conveniência, proporcionando um equilíbrio entre o atendimento personalizado e o atendimento ‘self-service’ e permitindo uma maior flexibilidade nos fatores de atendimento, horário, acessibilidade e comunicação.

Apesar do fortíssimo desenvolvimento das comunicações eletrónicas nos últimos anos, os CTT continuam a apostar na proximidade, através da rede de estabelecimentos postais com 9657 pontos de recolha de comunicações físicas – marcos e caixas de correio – numa vastíssima rede que cobre todo o território nacional de forma estruturada, assegurando elevados rácios de densidade e proximidade junto das populações e mantendo pelo menos um marco / caixa postal por freguesia.

Mesmo nos locais mais recônditos, onde não se justifica a existência de uma caixa de correio, a recolha das correspondências pode ser feita, em mão, pelo carteiro que efetua a distribuição.

Os CTT garantem a recolha diária das correspondências depositadas na totalidade da rede de forma a ser possível que o correio possa ser distribuído de acordo com os respetivos padrões de serviços em qualquer morada.

Para o efeito, os CTT dispõem de uma rede de recolha dedicada que cobre, principalmente, as zonas urbanas e os marcos e caixas com maior volume de tráfego. As restantes caixas são recolhidas, na passagem do carteiro aquando da realização da distribuição.

Estafeta de Mota - Foto: BANCO DE IMAGENS CTT

Estafeta de mota

Transportes

Desde sempre, a necessidade de troca de mensagens levou a que se procurassem todas as soluções possíveis para vencer a distância.

No passado eram escudeiros, correios a cavalo, diligências de mala-posta e as denominadas “ambulâncias” ferroviárias. A morosidade e incerteza eram enormes; os percursos, hoje percorridos em poucas horas, demoravam mais de uma semana; o correio internacional dependia dos navios e das rotas marítimas.

No presente, os CTT Correios de Portugal recorrem a todos os modernos meios de transporte – veículos pesados rodoviários, aviões, barcos – integrando uma Rede de Transportes Nacional estruturada em três níveis (rede primária, secundária e terciária) e uma Rede de Transportes Internacional e de / para as Regiões Autónomas.

A Rede de Transportes Postais Nacionais assenta totalmente em percursos rodoviários, desde os anos 80, e percorre anualmente cerca de 14 milhões de quilómetros sendo continuamente monitorizada para assegurar um elevado desempenho (cumprimento dos horários) e um ajustamento real face às necessidades do tráfego e à otimização necessária.

A frota utilizada é de cerca de 350 viaturas, a maioria veículos pesados, sendo objeto de um Plano de Racionalização de Consumos de forma a assegurar a redução dos mesmos. Está também em curso um plano de aquisição de viaturas elétricas com vista à sua utilização frequente nos CTT, tendo as primeiras unidades entrado ao serviço já em 2011.

O correio internacional e o destinado às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira são maioritariamente transportados por via aérea.

A atividade dos transportes postais está totalmente abrangida por sistemas de gestão de qualidade e ambiente (referenciais ISO 9001, ISO 14001 e o alargamento ao referencial OSHAS 18001).

Existe ainda o plano de formação no âmbito da prevenção da sinistralidade e da reciclagem de condutores (condução ecológica e defensiva) que contribui para os reduzidos níveis de sinistralidade e para a diminuição dos consumos verificados.

Tratamento e Distribuição

O tratamento postal tem como missão assegurar o processamento de objetos postais de forma a garantir os padrões de qualidade, a aplicação das normas em cada processo de trabalho e a maximização da exploração dos equipamentos utilizados.

O tratamento está assim inserido numa posição intermédia na cadeia operativa dos Correios, dando um contributo extremamente positivo para que a empresa consiga atingir os seus objetivos.

Para que os nossos milhões de clientes sejam mais bem servidos, onde quer que se encontrem, foi criada uma rede de encaminhamentos com o intuito de podermos chegar a toda a população com a maior rapidez possível.

A rede de encaminhamento é constituída por 2 Centros de Produção e Logística a nível nacional (Cabo Ruivo e Maia) e por Centros Logísticos dispersos pelo país para maximizar o apoio prestado aos Centros de Distribuição Postal existentes.

Nestes Centros de Produção e Logística ocorrem as atividades de carga e descarga de viaturas, triagem, preparação, divisão manual e divisão automatizada de correspondências, funcionando os Centros Logísticos fundamentalmente como plataformas de cross-docking de abastecimento aos Centros de Distribuição Postal.

A automatização destas atividades e respetivos processos operacionais, bem como a sua conjugação com as necessidades específicas de determinados clientes, tem sido um os principais objetivos nos últimos anos. O parque de máquinas destes centros traduz os elevados investimentos que os CTT ao longo dos últimos aos fizeram com vista a melhorar os níveis de automatização, consistindo em máquinas para segregação e obliteração, máquinas para leitura e indexação, máquinas para divisão de “finos”, máquinas para divisão de “médios” e mais recentemente com uma inovadora máquina de divisão de volumosos, sistemas automatizados de transporte interno dos objetos e sistemas automatizados de localização de objetos, “Track and Trace”.

São diariamente manipulados cerca de 3 milhões de objetos, dos quais mais de 80% são automatizados, e destes quase 60% são expedidos diretamente dos Centros de Produção para os respetivos circuitos de distribuição de todo o país.

De igual modo, os processos e atividades de suporte à operação estão baseados em sistemas e tecnologias que permitem a sua monitorização de uma forma próxima, frequente e rigorosa, assegurando o cumprimento dos níveis de serviço definidos e disponibilizando informação sobre o desempenho de toda a rede operacional.

O tratamento tem vindo a apostar cada vez mais na qualidade de serviço, na inovação e no desenvolvimento tecnológico. Tem também feito um enfoque especial na redução de custos, no incremento de competências técnicas ao nível dos recursos humanos e na certificação.

Os muitos milhares de itinerários que os nossos carteiros percorrem diariamente logo pela manhã, mesmo sob condições atmosféricas adversas e com a mesma dedicação, há mais de cinco séculos, são um contributo fundamental para assegurar a transmissão segura e eficiente de mensagens entre todos os nossos clientes.

Sede dos CTT - Foto: BANCO DE IMAGENS CTT

Sede dos CTT

Isto é a distribuição postal: garantir que a “last mile”, a última tarefa das operações postais que consiste na entrega ao destinatário, se cumpra de uma forma eficaz e eficiente; trabalhar para assegurar a necessidade imperiosa de estabelecer uma ponte, de estar onde somos precisos, face a face, permanecendo perto do Cliente e do negócio a todo o momento.

Para que este objetivo se concretize existem milhares de carteiros que percorrem diariamente cerca de 246 mil quilómetros, com recurso a veículos motorizados (viaturas e/ou motociclos), mas também a pé nos principais centros urbanos.

E, como nos preocupamos com a “fragilidade” da Terra, desde há algum tempo que adotamos práticas sustentáveis nas deslocações. Foi esta inquietação, amplamente partilhada por todas as áreas dos CTT, que nos levou a incentivar a deslocação dos nossos carteiros distribuidores em diversos tipos de viaturas elétricas (veículos ligeiros, ciclomotores e mesmo bicicletas) para entregar objetos que, eles próprios, já começaram também a ser produzidos com materiais e processos amigos do ambiente.

Um desenvolvimento sempre sustentável, respeitador do meio ambiente, focado no Cliente e assente nos princípios da não discriminação de género, raça ou religião.

Ao longo dos anos construímos uma proposta de confiança e de proximidade para com os portugueses. Esta nossa marca centenária manteve alto perfil de reconhecimento público, tornando-se um símbolo de notoriedade, de imagem positiva, de confiança e um valor económico e financeiro de relevância notável.

Inovando e renovando a sua oferta, são hoje os CTT – e serão sempre – uma das empresas preferidas de todos os portugueses.

Em suma, ao longo dos séculos construímos uma proposta de confiança e de proximidade para com os portugueses.

Esta nossa marca centenária manteve alto perfil de reconhecimento público, tornando-se um símbolo de notoriedade, de imagem positiva, de confiança e um valor económico e financeiro de relevância notável.

Inovando e renovando a sua oferta, são hoje os CTT – e serão sempre – uma das empresas preferidas de todos os portugueses.

Continuaremos a ligar pessoas e empresas, com entrega total. 

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